MUITEZA
(s.f.) - por Dom Lito
1. muito com tesão
2. qualidade do que é muito
MUITEZA
(s.f.) - por Dom Lito
1. muito com tesão
2. qualidade do que é muito
MUITEZA
(s.f.) - por Dom Lito
1. muito com tesão
2. qualidade do que é muito
agò. o kú àbòò
As imagens que vocês vão sentir, desenhadas por cinco visões diferentes e complementares, são um trabalho de alma, reverência, respeito, amor e descobertas. O cabelo é uma linguagem, a pintura é outra linguagem, os acessórios são uma linguagem a parte, a personalidade estética: ambiente, elementos, fragmentos, posturas, combinações são mais outras linguagens. A linguagem da escrita é poética e insubmissa.
Se deixe imergir, Odùduwà te acompanhe nessa primeira entrega que intitulamos de Exposição imersiva online - àiyé. A exposição imersiva - òrun o seu corpo estará fisicamente presente. Asé.
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modupé
deusas e deuses vem atender ao chamado da grande mãe
Ìyá mi Àsèsè
minha mãe é a minha origem
poderia um filho ser maldição?
a terra desperta seus
deuses
deusas
desses corpos adormecidos pelas comidas químicas industriais, seres deformados e a distância ilógica da consciência divina… as frutas~sementes, convite a fertilidade, epá! rainha do rio deseja respirar, epá! rainha das águas a fertilizar o sonho de liberdade.
beba!
oferende-se!
tudo que você é retornará ao útero da terra. no àpò-ìwà só tem o que for vivo, aquilo que gera, que cria, que cresce, que come, que vigora, que voa, que nasce, que molha, que limpa, que ri, que dança, que aquece, que alimenta, que nutre, que ama, que acompanha, que protege, que revela, que é sangue branco, que é sangue preto, que é sangue vermelho, que é VIDA.
na cabaça da existência ancorada no nosso coração só tem espaço para uma oferenda~pergunta: quando retornar, vai deixar o quê de vida aqui?
não me rendo, quando pareço que estou ausente é aí que preciso e quero estar ainda mais presente. espíritos não morrem. asseguro-te que paredes se tornarão árvores, automóveis se tornarão bichos e o jogo da existência, esse já está conquistado. o corpo em transe é o corpo consciente, a água na cabeça, o céu inexplicável, a paz está guardada para florir de tempos em tempos.
depois que esú faz a sua bagunça organizada
Eni to ba d’ omi si waju yio tele tutu
quem versa água diante dele pisará sobre a terra umedecida
prosperidade. não há lágrimas de sangue, terra regada de dor e ódio que não seja sentida por Odùa.
. .
Estes são deuses nagò, possuídos pelo amor à terra indígena~mente.
feche os olhos para esse mundo devastado e abra os olhos de dentro e veja… não tem como fazer o sangue da veia regredir, não tem como devolver uma folha caída da árvore, não é possível.
o corpo, ele vai ser enrijecido, áspero e contorcido até que se pareça com o tronco de um Baobá, de uma mangueira antiga, e então se dará conta que a única coisa que valeu a pena mesmo foi o que construiu na experiência VIVER, aquilo que foi feito com amor e respeito aos espíritos guardiões que tem encima da terra, a terra, os seres que habitam em cima das nossas cabeças e abaixo dos nossos pés.
o nosso sangue derramado nas escadarias das favelas, nas aldeias, nas pistas, história inteira, cada glóbulo, cada gotícula vai resgatar dentro de cada um a verdade
vai unir as nossas vidas pela vida, a vinda do despertar dos deuses interiores. você depende do rio para viver, você depende da mata para viver, você depende da chuva, da lua, dos pássaros, da terra, do mar, do vento, do sol, da chuva, do arco íris, das cataratas, das rochas, dos crustáceos, dos animais, das raízes, do seu corpo, do céu, do mundo vivo. viva! elas vão despertar você, o espírito da floresta vai despertar você.
Kí ilèjéèrí
que a terra testemunhe